Surfe

Surfe

A origem do surfe é disputada entre os povos peruanos e polinésios, a prática de deslizar sobre as ondas, há muito tempo já era conhecida pelos povos polinésios, que povoaram grande parte das ilhas do Oceano Pacífico. Os primeiros relatos do surfe dizem que este foi introduzido no Havaí pelo rei polinésio Tahíto, outros relatos dão conta de que, muito antes dos havaianos, antigos povos peruanos já utilizavam uma espécie de canoa confeccionada de junco para deslizar sobre as ondas.

Utilizavam-se inicialmente no Havaí, pranchas de madeira denominadas Olo e Alaia e, no Peru, de junco. As pranchas eram fabricadas pelos próprios usuários, acreditava-se que, ao fabricar sua própria prancha se transmitiam todas as energias positivas para ela e, ao se praticar o esporte, se libertava das energias negativas.

O reconhecimento mundial do surfe veio com o campeão olímpico de natação e pai do surfe moderno, o havaiano Duke Paoa Kahanamoku. Ao ganhar a medalha de ouro nos jogos olímpicos de 1912, em Estocolmo, o atleta disse em entrevista que o seu treino se resumia em “cavalgar sobre as ondas com uma tábua de madeira” e, desse modo, passou a ser o maior divulgador do esporte no mundo. Com isso, o arquipélago do Havaí e os seus esportes típicos passaram a ser reconhecidos internacionalmente.

No início do século 20, Duke promoveu o surfe iniciando demonstrações em outras regiões do mundo como a Califórnia, França, Austrália, América do Sul e África. Por volta da década de 1940, o esporte popularizou-se na costa oeste dos Estados Unidos, tornando-se popular entre os jovens, principalmente nas praias do sul da Califórnia. Então, com o início dos primeiros campeonatos de surfe em 1974, o surfe tornou-se popular em todo o mundo, no início de um emergente profissionalismo.

A evolução do surfe moderno foi especialmente marcado pela apresentação de novos modelos de pranchas de surfe, como a prancha twin-fin de Mark Richards em 1980 e, depois, pela prancha tri-fin de Simon Anderson em 1981. Esses australianos tornaram esse país o detentor do maior número de campeões mundiais de surfe.

A organização do campeonato mundial é responsabilidade da Associação de Surfistas Profissionais. Pode-se afirmar que o surfista mais conhecido do mundo é o americano  Kelly Slater, que soma 11 títulos mundiais.

Para começar bem nesse esporte tão adorado pelos que amam a natureza e adrenalina, é preciso escolher uma boa prancha. Se você é iniciante na prática do surf, a prancha deve ser maior, mais larga e mais espessa, pois assim a estabilidade fica maior, além de ser mais fácil na hora de remar, levantar e até mesmo dropar a onda.

Todas as pranchas de surf são medidas em “pés” e “polegadas” (1 pé= 30,48cm, 1 polegada= 2,54cm).

O peso também um fator importante, por isso sempre considere escolher uma prancha que suporte um peso maior que o seu, gerando melhor flutuação e facilitando a estabilidade em cima da prancha.

Em 2016, foi assumido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como esporte olímpico, a partir dos Jogos Olímpicos de 2020, no Japão.

No Brasil, as primeiras pranchas, então chamadas de “tábuas havaianas”, chegaram pelas mãos de turistas e funcionários de companhias aéreas. Sabe-se que, no Brasil, o esporte foi desenvolvido e começado em Santos, com nomes como Thomas Ernest Rittscher Júnior, Margot Rittscher, Osmar Gonçalves e João Roberto Suplicy Hafers.

Thomas Ernest Rittscher, americano, trouxe dos Estados Unidos, uma revista chamada Popular Mechanic. Um dos artigos ensinava como se fazer uma prancha. Foi o que Thomas fez e posteriormente ajudou os amigos a produzirem suas “tábuas havaianas”, a prancha tinha 3,60 metros e pesava oitenta quilogramas.

No aspecto competitivo, os surfistas brasileiros não tinham grande destaque, porém, no ano de 2011 surgiu uma geração de surfistas que passaram a ter resultados expressivos, foi quando a imprensa americana criou a expressão “brasilian storm” (tempestade brasileira), para se referir aos surfitas brasileiros que estavam dominando os campeonatos, entre eles, Gabriel Medina, Felipe Toledo, Adriano “Mineirinho” de Sousa e Ítalo Ferreira.